Still life, traduzido como 'Uma vida comum', filme de Uberto Pasolini. Um drama existencial angustiante que nos coloca diante da grande e incômoda questão: Qual o sentido da vida?
John é solitário, metódico, previsível, uma 'natureza morta', que é a tradução fiel de Still life. John May (Eddie Marsan), homem na 1/2 idade, trabalha rastreando parentes próximos de pessoas que morreram sozinhas. Sua vida é seu trabalho e ele se esmera para reconstruir a história de seus clientes, e valorizá-los, com a presença de alguém próximo no funeral. Porém, sua rotina muda quando ele descobre que perderá o emprego. E no seu último caso, ele parte numa busca frenética, como se da própria vida (ou morte) se tratasse, para reconstruir a vida de Billy Stocker.
Sutilmente, sem grandes diálogos, apenas com linguagem gestual, podemos acompanhar os dilemas íntimos de John. Ele se dá conta que a sua vida pode não ser tão diferente quanto a daquelas pessoas, que terminam solitárias sem ninguém interessado sequer em estar presente no seu funeral. Impossível não se solidarizar e sentir um certo desconforto com o fato de que, não importa qual seja a nossa história, invariavelmente a morte chegará e... Como será? Acho que poderia dizer que o final é uma ironia hilariante.
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