Sei que tem muita gente que curte ir ao supermercado.
Eu detesto!
Quando consigo alguém de casa para ir junto, algo raro, dividimos a lista de compras, contamos os itens e acertamos o tempo.
Entretanto há dias que são especiais.
Acorda-se com uma sensação empolgante, uma excitação inexplicável, de que a vida é maravilhosa.
Foi assim que, carregada daquela energia boa, me dirigi logo cedo para a pior das minhas tarefas da semana.
A brisa agradável afastou a ameaça de embaraçosos suores melequentos.
E o céu seguiu abençoando.
Nada de trânsito e ainda um bônus. Um garotinho no carro que seguia na frente, ficou fazendo caretas para mim durante os dois minutos que ficamos aguardando o semáforo abrir. Na hora que abriu, foi a minha vez de botar a língua de fora. Ele mostrou um grande sorriso e abanou a mão.
E lá estava a minha vaga preferida.
Desci do carro me sentindo a suprema deusa da alegria. Um coração saltitante. Naquele dia até o espelho fora amigo.
E, no supermercado, uma companhia inusitada. Uma pombinha tão atrevida como só os pombos podem ser.
Parei, fiquei olhando para ela meio pensativa. Voltei o meu olhar para a entrada lá adiante, analisando a distância.
Que segurança!... Que audácia!... Que coragem!...
Pensando bem... Que confiança!
Quando foi que os animais começaram a confiar em nós, seres humanos, sendo que nós mesmos desconfiamos (e muito)?!
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