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domingo, 4 de julho de 2010

Tendência é falar de tendências

Rio Jafil: http://www.riojafil.com/itrendscolo.html
Mesmo antes de colocar o Universo do design no ar (este blog), pensei em falar sobre este tema no blog A música do Universo. Por essa razão há cerca de dois meses fiz uma pesquisa sobre o assunto e lendo agora o material dei-me conta de que devo agora, mais do que nunca, abordar o assunto que é extremamente fascinante.

Vou tentar expressar o que entendo como tendência, porque é daquelas coisas que a gente sabe para nós, mas na hora que nos perguntam fica-se de boca aberta.
Antes de mais nada o uso comum da palavra está ligado a mercado, daí o termo tendência de mercado. Além disso há a tendência de moda, tendência de beleza, tendência de assunto… Falar de sustentabilidade, por exemplo, é uma tendência, - quantos livros e matérias na mídia, não surgem todo o dia sobre o assunto? -, tendência tecnológica, tendência de comportamento, e por aí vai.
Assim tendência além de ser uma percepção para o que vai cair no gosto popular, na moda, na decoração, podemos falar também na alimentação, num estilo de vida enfim, é também uma antecipação, e ou previsão, do que vai ser uma necessidade num futuro próximo ou mais longínquo.

Vamos pensar, por exemplo, sobre o projeto de um modelo de carro. Em termos de design o que pode atrair esteticamente, linhas curvas? Um estilo retrô? Pode-se inovar nas cores? E tecnicamente, para onde apontam as necessidades e exigências? O que mais se pode inovar em um carro que vá facilitar a vida do usuário/consumidor e, conseqüentemente, conquistá-lo?

Este princípio vale para tudo: moda, arte, decoração, artigos decorativos, utensílios de cozinha, roupas de cama,... que, por sua vez, envolvem uma gama de profissionais das mais diversas áreas. Um software, por exemplo, pode tanto fazer parte de um projeto, aproveitando o exemplo do carro, como pode ser ele mesmo o projeto em si, um produto que vai ao encontro de uma necessidade de um grupo, e ou de uma população inteira, ainda que não diretamente, como um robô para uso na medicina ou na bolsa de valores, ou ainda um chip que tanto pode ser usado num cartão de crédito com informações mínimas sobre o usuário/consumidor ou mais sofisticado, como implante de memória para um doente de Alzheimer.

Como se pode ver uma gama incontável de áreas são alvo de tendências e implicam no envolvimento, muitas vezes de uma atenção/leitura objetiva e subjetiva. Mas quem faz esse trabalho, que profissão é essa que trabalha com tendências?

Antecipando o que pode ser cool
Antes de falar do profissional que trabalha diretamente nessa área, vou fazer umas colocações. Vou lembrar aqui rapidamente a história do Twitter, um modismo que se difundiu pelo mundo. Jack Dorsey, um dos fundadores da famosa rede social, foi um garoto fissurado nos mecanismos de funcionamento de uma cidade, ele ficava particularmente fascinado com a comunicação dos taxistas e suas conversas. Aos 20 anos ele sabia também o que faziam os bombeiros, os enfermeiros e a polícia, mas não sabia o que faziam seus amigos. A idéia do software foi aparecer em 1992, tendo como semente a fascinação infantil da comunicação dos taxistas. Correu atrás de Evan Willians, o criador do Blogger, e tratou de envolvê-lo na idéia, e em 2006, o Twitter, era já uma ferramenta interna na sua empresa. Dali para o mundo foi só mais um passo.

Jack Dorsey antecipou uma tendência. Seu fascínio pela comunicação dos taxistas levou-o a uma conexão emocional, que perpassou por uma lógica mental muito simples: o que era bom para os taxistas seria ótimo para o mundo. Apesar do embrião O Twitter surgiu no momento certo, mas isso aconteceu porque Dorsey Ele percebeu que neste mundo tecnológico, que impulsiona as pessoas a um corre corre constante, há muito isolamento, a socialização das pessoas passou a um outro nível e o computador é a porta para o mundo, uma solução para a comunicação dinâmica, para o isolamento e a falta de tempo.

O Twitter, por sua vez, é uma ferramenta que levou a outras tendências, virando uma ferramenta de extraordinário potencial. O então candidato à presidência dos EUA, Barack Obama, por exemplo, usou várias ferramentas da Internet, entre elas, o Twitter, para impulsionar a sua campanha e diminuir os custos. Ele se comunicava virtualmente, com seus eleitores e voluntários e acabou ganhando mais simpatizantes, isto porque, antecipou uma série de questões sobre seus projetos, que seriam importantes para a população conhecer, angariando até doações.
Pode-se dizer que o Presidente Obama iniciou uma tendência. Ele visionou as possibilidades da Internet na sua campanha. Estes exemplos mostram que eventualmente qualquer pessoa pode prospectar uma tendência.

Fontes:
Como nascem as tendências - Revista máxima (Portugal) - Uma matéria bem rica sobre o assunto
"Reconhecimento de padrões" - Livro de William Gibson,

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